quarta-feira, 7 de novembro de 2007

O Louvor Como Evangelismo

"Por fim, o evangelismo acontece no contexto de toda a comunidade do povo de Deus envolvido no louvor. Anos atrás, li uma definição de louvor feita por William Temple que até hoje soa em tons claros e magníficos:

Louvor é a submissão de toda a nossa natureza a Deus. É o despertar da consciência por meio de sua santidade; a alimentação da mente com a sua verdade; a purificação da imaginação por meio da formosura; o abrir do coração ao seu amor; a entrega da vontade ao propósito dEle - tudo isso reunido com adoração, a emoção mais abnegada de que nossa natureza é capaz

Quanto mais penso nessa definição, mais convicto fico de que se o louvor é praticado com integridade pelo povo de Deus, pode ser o evangelismo mais poderoso em nossa cultura pós-moderna. É de suma importância que ao se planejar cultos de louvor, o pastor e os líderes da igreja dispensem atenção cuidadosa a cada elemento e certifique-se de que o louvor conserve integridade e propósito.
Há alguns anos, dois ou três de meus colegas e eu estávamos em um o país dominado pelo marxismo durante décadas. Antes de começarmos nossos cultos, fomos convidados para um jantar, por intermédio de alguns amigos em comum, dos quais todos eram céticos e, por objetivos práticos, ateus. A noite foi repleta de questões propostas principalmente por um que era um notável teórico naturalista. Também surgiram perguntas de outros que representavam diferentes elementos de poder naquela sociedade. No decorrer daquela noite, tivemos a sensação de que as perguntas tinham ido longe demais, e e que talvez estivéssemos andando em círculos.
Nesse momento, perguntei se podíamos fazer uma oração por eles e pelo país antes de nos despedirmos. Houve um silêncio de consternação, uma hesitação evidente, e então alguém disse: "É claro". Fizemos apenas isso - oramos. Naquela grande sala de jantar, de importância histórica para eles, com todas as lembranças de poder secular afixadas nas paredes, a oração trouxe um silêncio sensato e um reconhecimento de que estávamos na presença de alguém maior do que nós. Quando terminamos, todos os olhos estavam úmidos e nenhuma palvra foi pronunciada. Ele nos abraçaram e nos agradeceram como uma emoção estampada em seus rostos. No dia seguinte, quando nos encontramos, um deles me disse: "Não fomos para nossos quartos na noite passada até que amanheceu. Na verdade, fiquei no saquão do hotel a maior parte da noite conversando. Então voltei para o meu quarto e entreguei minha vida a Jesus Cristo".
Tenho plena certeza de que foi a oração que lhes deu uma dica sobre o que é o louvor. Seus corações nunca haviam experimentado isso. Ao longo dos anos descobri que orar com as pessoas algumas vezes pode fazer mais por elas do que uma pregação. A oração afasta o coração de uma pessoa da dependência de si mesma e a coloca em uma posição de confiar no Deus soberano. Muitas vezes, o peso é tirado instantaneamente. A oração é apenas um aspecto do louvor, mas é muito negligenciado diante das pessoas que ficariam chocadas ao ouvir que orar é semelhante a uma pessoa que sabe como tocar o coração de Deus. Para uma pessoa necessitada, respostas ensaiadas não transformam a mente; a oração sim."

Trecho de Sua Igreja Está Preparada? de Ravi Zacharias e Norman Geisler.

4 comentários:

Anônimo disse...

Vitor,

Na terça-feira última, eu estava apresentando um trabalho em grupo, sobre Marxismo cultural.No término da apresentação, ouvi alguém dizer,"sua análise está carregada do ponto de vista cristão, sendo assim não é imparcial!"
Respondi:
"Tem razão, mas...se fosse analisada sob uma ótica pós-moderna, ou até mesmo marxista, seria imparcial?"
Ele se calou, e o professor me convidou pra tentar convencê-lo sob a existência de Deus, pois achava que ser culto e crer em Deus era impossível [sic].
Topei, e só fui chegar na minha casa 4 horas mais tarde do que o costumeiro; ele ainda não é cristão, nem sei se vai se tornar um, mas ao menos, topou estudar a bíblia comigo - na verdade o convite foi dele -, vamos ver o resultado...

Ótimo post; erudição e fé - elas não podem andar separadas -, o amor prevalece!
Sinceramente em Cristo:

Marcus Vinicius Matias de Arruda.

Vitor Grando disse...

Muito interessante seu comentário Marcos!
Gostaria de ter acesso a esse seu trabalho, tem como me enviar? Você faz faculdade de quê?
Me adicione no MSN
vitorsnt@gmail.com
um abraço!
e ah!... estou muito curioso para saber como foi sua conversa com seu professor e quais assuntos foram tratados!

Robson Lima disse...

É sempre bom encontrar um companheiro bereano em terras virtuais.

E falando em querelas marxistas, também tive minha cota delas, e ainda as tenho, e minha cota de espiritualismos de toda sorte...

bem então parabéns pelo espaço.

Como nos dizem os ortodoxos russos:

Ele ressuscitou! Ele realmente ressuscitou!

Robson Lima

Anônimo disse...

Um dia estava , em uma festa de aniversário diante de um professor universitário , e fiquei de certa forma receioso das perguntas a respeito do ponto de vista da salvação ele me colocou em várias situações difíceis de sair pq tinha que tentar usar a intelectualidade como forma de dar resposta alcançáveis a ele , qdo comecei a descansar na proposta da fé que td só tinha razão se ele (o professor cresse) , eu senti que a partir dai , as controvérsias se transformaram em uma profunda manifestação de sede de salvação . é o espírito santo quem faz tudo . Glórias a Ele joabe.gois@terra.com.br

 
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