quinta-feira, 4 de outubro de 2012

SORTEIO DO LIVRO "DEUS É VERMELHO"



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Nosso próximo sorteio é o livro "Deus é vermelho" do jornalista Liao Yiwu. Após ter sido preso pelo regime comunista chinês por sua luta pela liberdade e democracia, Liao procurou exílo na Alemanha. O livro é o relato de muitas entrevistas conduzidas pelo autor com chineses que encontraram em Cristo a liberdade e a paz usurpadas pelo comunismo.Segue abaixo trecho de uma dessas entrevistas feita com o cantor e alfaiate Li Linshan:

"Quando descobri que tinha câncer, vivi uma fase muito difícil de reflexão. Contava meus dias com os dedos e dizia para mim mesmo: 'Eu quase não tive felicidade nenhuma em vida. Qual o sentido da vida?'.

Liao Yiwu: Se você possuíse 20 mil iuans, poderia ter se tratado. Talvez as coisas tivessem sido diferentes.

Li Linshan: Se tivesse feito a cirurgia, talvez pudesse ter prolongado minha vida em mais cinco anos. Mas qual é a vantagem? Seria como esperar a morte. O câncer é uma faca cega, que me golpeia e me corta lentamente em pedaços. A dor é insuportável; era tudo o que eu podia fazer para aguentar. Não tinha sequer força para cometer suicídio.

Liao Yiwu: O que mudou?

Li Linshan: Havia um sujeito, o irmão Yang. Ele nasceu em Baoshan, Yunnan, e morava perto daqui. Ele costumava passar sempre pela loja. Começamos a nos conhecer melhor, e ele entrava e conversava comigo, perguntando sobre minha vida e negócios. Um dia, contei sobre meu câncer. Ele ficou muito chocado. Sentou-se e ouviu minha história. Ele se preocupou de verdade comigo. Disse: 'Vai custar um monte de dinheiro tratar o câncer'. Eu lhe disse que não possuía o dinheiro. Tudo o que podia fazer era esperar a morte me levar. Ele não concordou. Disse: 'Não desista tão facilmente. Vamos acreditar em Deus. Deus irá oferecer uma cura'. Eu não o levei a sério. Ele me visitou muitas vezes e dizia coisas como: 'Velho Li, em sua condição atual, ter fé em Deus é a única saída. O hospital não pode ajudá-lo. Seus parentes estão desamparados. O governo não pode ajudá-lo. Pessoas comuns como nós, especialmente pessoas pobres como nós, precisam de algum suporte espiritual e ter fé. Você está à beira da morte. Por que então hesita assim? Entregue-se aos cuidados de Deus'. Com isso, as lágrimas surgiram em meus olhos. Para dizer a verdade, eu era um patético fantasma vivo, mas havia sido um tanto arrogante, preocupado em ser desonesto, à espera da desgraça alheia. Mas Deus estendeu a mão para mim, vez após vez, por intermédio do irmão Yang. Assim, eu disse em alto e bom som: 'Deus, me aceite'. O irmão Yang fez uma oração de libertação por mim no mesmo instante. A balbúrdia na rua prosseguia a mesma. O sol continuava a brilhar sobre a cidade. As telhas permaneciam nos telhados, e os pássaros se empoleiravam nelas, gorjeando como sempre. A natureza seguia seu caminho. Somente eu havia mudado.

Acompanhei o irmão Yang, as mãos apertadas ao peito, as lágrimas escorrendo como pingos de chuva. E, vou lhe contar, eu não estava dominado pela tristeza. eu me sentia grato. Pela primeira vez na vida, não pensava em mim mesmo ou nos seres humanos. eu pensava em Deus, que se encontra acima de nós, acima de todas as coisa vivas, acima das mais altas montanhas e acima do lago Erhai. Meus pais me deram à luz, mas Deus me deu a vida. Eu não sabia disso. O câncer ajudou a abrir meu entendimento, concedeu asas a meu coração chafurdado na lama, e o fez voar e sentir a bem-aventurança do paraíso" (trecho retirado das páginas 80 e 81).

O sorteio será em 30/11/2012.  Para participar, clique aqui e preencha o formulário.


segunda-feira, 4 de junho de 2012

Sorteio do livro “A ameaça pagã”


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O livro “A ameaça pagã”, escrito pelo Dr. Peter Jones, professor no Westminster Seminary da Califórnia, foi-nos presenteado para ser sorteado. O doador do livro escreveu o seguinte texto a respeito do mesmo:
Trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram a coisas e seres criados, em lugar do Criador, que é bendito para sempre. Amém.” Romanos 1:25

Sem que muitos cristãos se dessem conta, um novo inimigo emergiu no horizonte. Na verdade, um antigo inimigo. Novo é o discurso, nova é a roupagem utilizados agora para seduzir as pessoas e competir com o Cristianismo pelos seus corações e mentes. Disfarçado na linguagem politicamente correta do ambientalismo, responsabilidade socioambiental e sustentabilidade, o Paganismo ressurgiu vigoroso e promete uma guerra encarniçada contra a cosmovisão judaico-cristã. Neste exato momento, empresas, bancos, governos, igrejas, engenheiros sociais, seitas ocultistas, setores da mídia e entretenimento, organismos e fundações internacionais estão trabalhando conjunta, meticulosa e tenazmente para tornar o Paganismo a cosmovisão oficial de uma Nova Civilização, um Mundo Novo, uma comunidade global mais integrada nos aspectos políticos, econômicos, tecnológicos, sociais, religiosos e culturais (recomendo enfaticamente a leitura do artigo A Face Oculta do Mundialismo Verde do Prof. Pascal Bernadin). E a Grande Sacerdotisa dessa nova-antiga fé é a ONU que após ter instituído os seus dias sagrados (“Dia do Meio Ambiente”, “Dia da Água”, e dado o aval à criação dos “Dia da Terra” e “Dia da Árvore”), realizará aqui no Brasil neste mês de junho o seu Supremo Concílio, a Rio + 20.

“Não esqueça que o contraste fundamental sempre foi, ainda é e sempre será: Cristianismo e Paganismo, os ídolos ou o Deus vivo.” Abraham Kuyper, teólogo e estadista holandês.
O SORTEADO FOI:


Magda  Angelica Madeira de Belo Horizonte - MG

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Argumentum ad Religiosum, ou Religião, Secularismo, Humanismo, Laicismo: Onde está a ameaça ao Estado Laico?



Reduzir determinado argumento à religião da pessoa que o defende é um onipresente absurdo de nossa cultura contemporânea.

É certo que determinada religião (ou a falta dela) influencia o pensamento de seus aderentes, e nisso não há problema ainda que o aderente seja Senador da República, Deputado Federal, Presidente ...da República, Ministro do STF, etc.

Assim sendo, enquanto o religioso defende o conjunto de crenças e valores que são característicos de sua religião, o secularista ou humanista também defende o conjunto de crenças e valores que são característicos à sua crença. Qual é, então, a diferença? Não há nenhuma, nem uma vírgula sequer.

O humanismo ou secularismo, embora aleguem o contrário, nada têm de necessariamente científico ou racional. Antes, são afirmações estritamente filosóficas sobre a realidade última. Tal e qual qualquer religião.

O grave problema é impor determinada crença ou valor ao restante da sociedade porque a religião assim o diz. Isso não vemos acontecer em nosso país, portanto, não há atentado à laicidade do Estado por parte dos religiosos.

O grave problema é impor determinada crença ou valor porque o humanismo ou secularismo assim o dizem. Isso não só é prática comum em nossos dias, como serve de juízo de valor quando se procura diferenciar o certo do errado, a verdade da mentira. Se a ideia é humanista/secularista também é, dizem eles, certa/verdadeira.

Se impor pela religião é afronta à laicidade, impor pelo secularismo/humanismo é, portanto, atentado à laicidade do Estado.

A religião - ainda que humanista ou secular - de alguém é irrelevante nos debates públicos sobre aborto, casamento homossexual, legalização de drogas e coisas afins. O que deve importar é o argumento em si. Se razoável, acatemo-lo; se não, rejeitemo-lo.

Portanto, amigos, cuidado para não cair na falácia de determinados grupos quando lhe acusarem de atentar contra o Estado Laico quando defender algum valor que lhe seja caro. Na maioria das vezes, o atentado ao Estado Laico, como também à liberdade religiosa, está do lado do acusador.

Lênin já dizia: "acuse-os daquilo que nós fazemos."

segunda-feira, 19 de março de 2012

A Guerra Global Contra os Cristãos no Mundo Muçulmano - Ayaan Hirsi Ali

Prezados, urge que tomemos uma postura firme contra a expansão muçulmana na Europa. Ainda que possam nos acusar de islamofóbicos, como já é comum na Europa, o perigo é real e crescente. Nós, todavia, estamos com a guarda abaixada. Vulneráveis às perigosas investidas muçulmanas, que são carregadas de ódio contra a tradição cristã da qual fazemos parte. Esse alerta é não só para cristãos religiosos, mas para todos aqueles que vivem no Ocidente que não querem, num futuro não muito distante, ser obrigados a adotarem os preceitos muçulmanos.

O período atual lembra o período entreguerras, quando instaurou-se um espírito antiguerra pela Europa, principalmente na França. Tal espírito fez que os europeus ignorassem o perigo alemão e quase lhes custou a vitória. Tamanha foi a condescendência com os alemães que Bertrand Russell, por exemplo, em 1939 defendia o desarmamento completo e unilateral da Inglaterra enquanto a Alemnha de Hitler se armava até os dentes. No ano seguinte, a Luftwaffe bombardeava Londres; graças a Deus que os conselhos de Bertrand Russell não foram ouvidos. Jean Paul Sartre, por sua vez, ao voltar da Alemanha em 1937, disse que a Alemanha de Hitler em nada diferia da França.

Enquanto isso, a Alemanha se rearmava e continuava a desrespeitar o Tratado de Versalhes, inclusive na remilitarização da região da Renânia, que fora proibida pelo Tratado. Isso quase nos custou a vitória. Se não acordarmos para o iminente perigo muçulmano, quando acordarmos é capaz de ser tarde demais. A inteligentsia europeia falhou em conter a ameaça Alemanha no seu início, e agora faz o mesmo com o crescimento do Islamismo. É hora de acordarmos, eles definitivamente não querem paz.

Vejam o vídeo abaixo:




Tradução: Vitor Grando

De uma parte a outra do mundo muçulmano, cristãos estão sendo mortos por sua fé.



É comum ouvirmos falar de muçulmanos como vítimas de maus tratos no Ocidente e como combates na luta contra a tirania na Primavera Árabe. Mas a verdade é que é uma guerra muito diferente que está em andamento – uma batalha da qual não nos apercebemos e que está custando milhares de vidas. Cristãos estão sendo mortos no mundo muçulmano por causa de sua religião. Trata-se de um genocídio crescente que precisa suscitar um alerta global



O retrato de muçulmanos como vítimas ou heróis é no máximo parcialmente correto. Nos últimos anos a violenta opressão às minorias cristãs tem se tornado regra nas nações de maioria muçulmana desde a África Ocidental e do Oriente Médio ao Sul da Ásia e Oceania. Em alguns países foram os próprios governos e seus agentes que queimaram igrejas e prenderam párocos. Em outros, grupos rebeldes têm se engarregado desse trabalho, assassinando cristãos e expulsando-os de terras onde suas raízes remontam a séculos atrás.

A hesitação da mídia em tratar desse assunto tem diversas fontes. Uma delas pode ser o medo de provocar ainda mais violência. Uma outra é provavelmente a influência de grupos lobistas tais como a Organização da Cooperação Islâmica – um tipo de Nações Unidas do Islã centralizada na Arábia Saudita – e o Conselho para Relações Américo-Islâmicas. Ao longo da última década, esses e outros grupos similares têm obtido notável sucesso em persuadir figuras públicas e jornalistas proeminentes no Ocidente a pensarem em cada exemplo de discriminação antimuçulmana como uma expressão de um desarranjo sistemático e sinistro chamado de “islamofobia” – um termo cunhado de modo a produzir a mesma condenação moral que têm termos tais como xenofobia ou homofobia.

Mas uma avaliação imparcial dos eventos e tendências mais recentes leva à conclusão de que a escala e severidade da islamofobia é desprezível se comparada à sangrenta cristofobia que perpassa as nações de maioria muçulmana de um lado a outro do globo. O silêncio em torno dessa violenta expressão de intolerância religiosa tem de parar. Nada menos que o destino do Cristianismo – e das demais minorias religiosas – está em risco no mundo islâmico.


Ao menos 24 cristãos coptas foram mortos no Cairo durantes embates com o exército egípcio em 9 de outubro. Thomas Hartwell / Redux

Desde leis contra blasfêmia a assassinatos brutais, bombardeios, mutilações e incêndio de lugares sagrados, os cristãos em muitos lugares do mundo vivem apavorados. Na Nigéria muitos sofrerem todas essas formas de perseguição. A Nigéria tem proporcionalmente a maior minoria cristã (40 porcento) em comparação a qualquer outro país de maioria muçulmana. Por muitos anos, muçulmanos e cristãos na Nigéria vivem à beira de uma guerra civil. Radicais islâmicos provocam a maior parte das tensões. A última organização formada com tal intuito é uma equipe chamada Boko Haram, que significa “A educação ocidental é um sacrilégio”. Seu objetivo é instituir a Sharia na Nigéria. E para alcançar esse objetivo eles já declararam que pretendem matar todos os cristãos do país.

Apenas no mês de janeiro deste ano, Boko Haram foi responsável por 54 mortes. Em 2011 seus membros mataram ao menos 510 pessoas e queimaram e destruíram mais do que 350 igrejas em dez estados do norte. Eles usam armas, bombas de gasolina, e até machados, aos gritos de “Allahu akbar” (Deus é grande) enquanto dirigem seus ataques a cidadãos inocentes. Eles já atacaram igrejas, um encontro de natal (matando 42 católicos), cervejarias, prefeituras, salões de beleza e bancos. Até o momento o seu foco é matar clérigos, políticos, estudantes, policiais, e soldados cristãos e até mesmo muçulmanos que se opõem aos seus intentos. Ao passo que no inicio seus métodos eram mais simples como assassinatos repentinos a partir de garupas de motos em 2009, o último relatório da Associated Press indica que os últimos ataques têm demonstrado um novo nível de poderio e sofisticação.

A cristofobia que tem perturbado o Sudão por muitos anos tem uma forma muito diferente. O governo autoritário dos muçulmanos sunitas do norte do país há décadas atormentam os cristãos e minorias animistas no sul. O que frequentemente é descrito como uma guerra civil é, na prática, uma perseguição a minorias religiosas patrocinadas pelo governo sudanês. Essa perseguição culminou no infame genocídio de Darfur, que começou em 2003. Apesar do fato de o presidente muçulmano do Sudão, Omar al-Bashir, ter sido condenado pelo Tribunal Penal Internacional de Haia, que o acusou de três genocídios, e apesar da euforia pela semi-independência que ele concedeu ao Sudão do Sul em julho do ano passado, a violência não terminou. No Kordofan do Sul, os cristãos ainda são sujeitos a bombardeios aéreos, assassinados, sequestros de crianças, e outras atrocidades. Relatos das Nações Unidas indicam que entre 53.000 a 75.000 cidadãos inocentes foram despejados de suas residências e casas e prédios foram saqueados e destruídos.

Ambos os tipos de perseguição – empreendida por grupos extragovernamentais como também por agentes do estado – têm ocorrido no Egito após a Primavera Árabe. Em 9 de outubro do último ano na região do Maspero no Cairo, cristãos coptas (que correspondem a 11% da população do Egito, que é de 81 milhões) marcharam em protesto contra uma onda de ataques islâmicos – incluído incêndio de igrejas, estupros, mutilações e assassinatos – que se seguiram à derrubada da ditadura de Hosni Mubarak. Durante o protesto, forças de segurança egípcias atropelaram a multidão com seus caminhões e atiraram nos manifestantes, esmagando e matando ao menos 24 pessoas e ferindo mais de 300. Ao final do ano mais de 200.000 coptas fugiram de suas casas por anteverem ataques futuros. Com a provável tendência de os muçulmanos conquistarem ainda mais poder nas recentes eleições, o temor dos coptas parece bastante justificado.

O Egito não é a único país árabe que parece estar exterminando sua minoria cristã. Desde 2003 mais de 900 cristãos iraquianos (a maioria assírios) foram mortos pela violência terrorista somente em Bagdá, e 70 igrejas foram queimadas de acordo com a Agência de Notícias Internacional Assíria (AINA). Milhares de cristãos iraquianos fugiram devido à violência dirigida especialmente contra eles, o que reduziu o número de cristãos no país de mais de um milhão em 2003 para menos que meio milhão hoje.  A AINA corretamente descreve isso como um “incipiente genocídio ou limpeza étnica de Assírios no Iraque”.

Os 2.8 milhões de cristãos que vivem no Paquistão correspondem a somente 1,6% da população de mais de 170 milhões. Enquanto membros de uma minúscula minoria, eles vivem em constante medo não apenas de terroristas islâmicos, mas também das cruéis leis contra blasfêmia do Paquistão. Como exemplo, podemos citar o famoso caso de uma mulher cristã que foi condenada à morte por supostamente insultar o Profeta Maomé. Quando a pressão internacional persuadiu o governador de Punjab Salman Taseer e examinar maneiras de libertá-la, ele foi morto pelo seu guarda-costas. O guarda-costas acabou sendo exaltado por proeminentes clérigos muçulmanos como um herói – e embora ele tenha sido condenado à morte, o juiz que impôs a sentença vive escondido devido às constantes ameaças de morte.

Casos como esses não são incomuns no Paquistão. As leis nacionais antiblasfêmia são constantemente usadas por criminosos e muçulmanos paquistaneses para intimidar minorias religiosas. O simples fato de declarar crença na Trindade Cristã é considerado blasfêmia, já que contradiz as principais doutrinas teológicas muçulmanas. Quando um grupo cristão é suspeito de transgredir as leis antiblasfêmia, as consequências podem ser brutais. Basta perguntar aos membros do grupo cristão Visão Mundial. Seus escritórios foram atacados na primavera de 2010 por 10 homens armados com granadas, deixado seis mortos e quatro feridos. Um grupo muçulmano militante alegou a responsabilidade pelo ataque justificando-se ao dizer que a Visão Mundial trabalhava para subverter o Islã. (Enquanto na verdade, ela prestava socorro aos sobreviventes de um terremoto).


Ao menos 13 pessoas foram mortas e 140 feridas em 8 de março de 2011, quando participantes de uma grande passeata cristã em uma comunidade no Cairo foram atacados por residentes de um bairro vizinho. Mohamed Omar / EPA-Landov 
 Nem mesmo a Indonésia – por vezes elogiada como a mais moderna, democrática e tolerante nação muçulmana – está imune à febre da cristofobia. De acordo com dados compilados pelo Christian Post, o número de incidentes violentos cometidos contra minorias religiosas (os cristãos, que correspondem a 7% da população, são a maior das minorias do país) aumentou, de 2010 a 2011, em aproximadamente 40%, de 198 para 276.

A série de sofrimentos pode aumentar ainda mais. No Irã, dezenas de cristãos têm sido presas por se atreverem a cultuar fora do sistema de igrejas oficialmente autorizado. A Arábia Saudita, por sua vez, merece ser colocada numa categoria à parte. Apesar do fato de que mais de um milhão de cristãos vivem no país como trabalhadores estrangeiros, tanto igrejas quando atos privados de oração cristã são proibidos; para reforçar essas restrições totalitárias, a polícia religiosa frequentemente invade os lares de cristãos e os levam aos tribunais sob alegações de blasfêmia sendo que o testemunho deles tem menor peso legal do que o de um muçulmano. Até mesmo na Etiópia, onde os cristãos são maioria da população, incêndio a igrejas por membros da minoria muçulmana tem se tornado um problema.

Depois deste relato de atrocidades, deve estar claro que a violência anticristã é um problema grande e subestimado. Não, a violência não é planejada ou coordenada por alguma agência islâmica internacional. Nesse sentido a guerra global contra o Cristianismo não é uma guerra tradicional de modo algum. Na verdade, é uma expressão espontânea de ódio anticristão por parte dos muçulmanos, ódio que transcende culturas, regiões e etnias.

Como disse Nina Shea, diretor do Centro de Liberdade Religiosa do Instituto Hudson, em uma entrevista à Newsweek, as minorias cristãs em muitos países de maioria muçulmana “perderam a proteção de suas sociedades”. Isso é especialmente verdadeiro em países com os crescentes movimentos islamistas radicais (Salafistas). Nessas nações, militantes frequentemente acreditam que podem agir impunemente – e a inércia do governo muitas vezes provas que eles estão certos. A antiga ideia dos Turcos Otomanos – de que os não-muçulmanos nas sociedades muçulmanas merecem proteção (ainda que como cidadãos de segunda classe) – desapareceu do mundo islâmico e o resultado tem sido opressão e derramamento de sangue.

Devemos, então, reorganizar nossas prioridades. Sim, os governos ocidentais devem proteger as minorias muçulmanas da intolerância. E é óbvio que deveríamos garantir que eles possam cultuar, viver, e trabalhar livremente e sem medo. É a proteção à liberdade de consciência e de expressão que distingue as sociedades livres das não-livres. Mas também precisamos ter uma perspectiva correta sobre a intensidade e dimensão da intolerância. Desenhos, filmes e escritos são uma coisa; facas, armas e granadas são outra coisa totalmente diferente.

A minha resposta para o que o Ocidente deveria fazer para ajudar as minorias religiosas em sociedades de maioria muçulmana é que o Ocidente deveria usar os bilhões de dólares que envia aos países transgressores como um fator de influência. Há também o comércio e os investimentos. Além da pressão diplomática, esse auxílio e as relações comerciais podem e devem ser condicionadas à proteção da liberdade de consciência e de culto para todos os cidadãos.

Ao invés de sucumbir às exageradas histórias de islamofobia ocidental, devemos tomar uma posição firme contra a cristofobia que se alastra pelo mundo muçulmano. A tolerância é para todos – exceto para os intolerantes.

Ayaan Hirsi Ali nasciu em Mogadishu, Somália, e fugiu de um casamento arranjado ao fugir para a Holanda em 1992. Ele foi membro do parlamento holandês de 2003 a 2006 e hoje é pesquisadora no American Enterprise Institute. Sua autobiografia, Infiel, foi bestseller do New York Times em 2007.


Para perguntas, contacte o The Daily Beast at editorial@thedailybeast.com.

sexta-feira, 16 de março de 2012

New York Times publica anuncio anticatólico, mas se nega a publicar anúncio anti-islâmico

Amigos, o que segue é uma prova cabal de que se há alguma religião perseguida nessa história toda, essa religião é o Cristianismo. É momento de refletirmos sobre a relação de nossa fé com a cultural que nos circunda. As perspectivas atuais são as piores possíveis; cresce o ranço anticristão e a condescendência cultural para com a religião que, de fato, nos apresenta um perigo: o islamismo.

Na BBC, nós já vimos aqui, é permitido insultar cristãos e fazer pilhéria de Jesus Cristo, mas é proibido tornar pública qualquer referência crítica ao profeta Maomé. Chegou a vez de o New York Times evidenciar a sua dupla moral. O cristianismo é hoje a religião mais perseguida do mundo — INCLUSIVE NOS PAÍSES CRISTÃOS, O QUE É ESPANTOSO! Qual é o ponto? No dia 9 de março, o New York Times publicou este anúncio, segundo informa a FoxNews.com.

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Ele convida os católicos a abandonar a Igreja. Indaga por que enviam seus filhos para a doutrinação e classifica de equivocada a lealdade a uma fé marcada por “duas décadas de escândalos sexuais envolvendo padres, cumplicidade da Igreja, conluio e acobertamento, da base ao topo da hierarquia”.


Muito bem! Tudo em nome da liberdade de expressão e da liberdade religiosa, certo? Ocorre que a blogueira Pamela Geller, que comanda a página “Stop Islamization of America”, tentou pagar os mesmos US$ 39 mil dólares para publicar no mesmo New York Times um anúncio convidando os muçulmanos a abandonar a sua religião. E O NEW YOR TIMES SE NEGOU! Assim:

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Pamela afirma que seu anúncio era baseado naquele anticatólico. Dirigindo-se aos muçulmanos, indagava: “Por que pertencer a uma instituição que desumaniza mulheres e os não muçulmanos (…)? E convidava: “Junte-se àqueles que, como nós, colocam a humanidade acima dos ensinamentos vingativos, odiosos e violentos do profeta do Islã”.

Ao comentar a recusa, Pamela afirmou: “Isso mostra a hipocrisia do New York Times, a excelência do seu jornalismo e sua disposição de se ajoelhar diante da pregação islâmica”.

Eileen Murphy, porta-voz do New York Times, repete a resposta que teria sido enviada a Pamela quando houve a recusa: “Nós não nos negamos a publicar. Decidimos adiar a publicação em razão dos recentes acontecimentos no Afeganistão, como a queima do Corão e o assassinato de civis por um membro das Forças Armadas dos EUA. Acreditemos que a publicação desse anúncio agora poderia pôr em risco os soldados e civis dos EUA, e nós gostaríamos de evitar isso”.

Encerro

Huuummm… A resposta é a mesma dada por aquele rapaz da BBC. A síntese é a seguinte: “Como os cristãos não são violentos, então a gente pode insultá-los à vontade. Não mexemos com os muçulmanos porque, vejam bem!, eles podem reagir. E a nossa valentia não chega a tanto.” Em “Máximas de Um País Mínimo”, escrevi que pregar a morte de Deus no Ocidente é coisa de covardes; corajosos pregariam a morte de Alá em Teerã. Fase e frase superadas. Os covardes não têm coragem de criticar o Islã nem no Ocidente!


Noto que a resposta oficial do New York Times já é um mimo da autoflagelação. A queima dos livros do Corão, é evidente, foi acidental. Os EUA inteiros não podem ser culpados pelo gesto tresloucado de um soldado, que será punido — à diferença dos terroristas, que ficam sempre impunes. “Ah, mas eles entendem de outro modo!” Entendi… Se eles entendem de outro modo…

Esses valentes, pelo visto, querem convencer os cristãos de que a sua opção pela não-violência foi um erro. Agissem como os radicais muçulmanos, seriam preservados do achincalhe dos cavardes. Que os cristãos sigam defendendo a paz e a superioridade moral do seu postulado.

Por Reinaldo Azevedo

quinta-feira, 15 de março de 2012

O Jesus dos Evangelhos: Mito ou Realidade? - Resenha do Debate entre Craig e Crossan


“Em 1994, a Chicago Tribune Magazine publicou um artigo sobre os pontos de vista do dr. Crossan intitulado “Gospel Truth” [“A Verdade do Evangelho”] com o subtítulo “Will Christians accept a revolucionary portrait of Jesus that is based on scholarship, not on faith?” [“Os cristãos aceitarão um retrato revolucionário de Jesus que se baseie na erudição, e não na fé?”]” foi com essas palavras que William L. Craig iniciou seu pronunciamento final no debate com John Dominic Crossan.

As palavras do dr. Craig expressam o espírito de nossa época, tanto lá quanto aqui no Brasil. Faça uma análise da história das capas das revistas Superinteressante, Galileu, História Viva ou quaisquer outras que tratem sobre ciência, religião, história, etc. A sua conclusão não poderá ser outra a não ser: “O Cristianismo é um engodo”. A tendência às visões progressistas, liberais, modernas, ou seja, a tendência a toda e qualquer visão antitradicional é incontestável.

Você nunca – jamais! – verá na capa das referidas revistas ainda que apenas uma pequena nota que corrobore sequer o ponto mais insignificante da tradição cristã. Isso, obviamente, gera no inconsciente coletivo da sociedade a petulante crença de que o Cristianismo foi testado... e fracassou. A história cristã seria tão somente de densas trevas. Suas crenças, então, um exemplo de ingenuidade pré-moderna (pesquise na Wikipédia sobre a “Teoria do Agendamento”).

Este livro prova o embuste que é o subtítulo do artigo publicado na Chicago Tribune Magazine. Que nos perdoem os editores de tal revista, bem como das revistas brasileiras de ciência, história, filosofia, etc, mas sinto lhes informar que, talvez, a verdade não seja tão evidente quanto pensam. William L. Craig apresenta uma defesa sólida da historicidade da ressurreição de Jesus, tão sólida que o dr. Crossan sequer ousou refutá-la – enrolou, enrolou, mas os pontos levantados pelo dr. Craig foram suficientes para provar que, se alguém aqui tem fé dogmática em algo, esse alguém é – pasmem! – o dr. John Dominic Crossan, que, diga-se de passagem, já esteve aqui em nosso país, falou na UFRJ e tem uma legião de fãs nas academias de história e teologia brasileiras.

Por que, então, nas academias de história e teologia não ouvimos nem falar das visões de William L. Crag, Craig Blomberg, Gary Habermas e, pior, Wolfhart Pannenberg e N.T. Wright sobre a ressurreição de Cristo? Ora, porque o magistério encontram-se tão imerso e cego pelos seus dogmas seculares (dogmas seculares? Sim, senhor! Veja aqui: http://ultimato.com.br/sites/guilhermedecarvalho/2012/02/14/todo-mundo-e-crente/  ) que a priori excluem qualquer possibilidade de seus pressupostos estarem equivocados. Pior, para eles a menor aproximação ao que tacham pejorativamente de “fundamentalismo” é vexante. Deste modo, associar-se à posição “fundamentalista” (há-há-há) da crença na literalidade e historicidade da ressurreição de Cristo é algo que não se pode fazer.

Mas o que fazer, então, se tudo indica que a posição do dr. Crossan é um engodo escravo de seus pressupostos dogmáticos e arbitrários, a saber, o naturalismo? Desmascará-la como o engodo que é, mostrando seu falso caráter acadêmico e expondo seu caráter puramente ideológico-dogmático. Resta saber, por fim, estará a academia pronta para aceitar um retrato revolucionário de Jesus que se baseie em fatos, e não em ideologias seculares? Na razão, e não em dogmas? Na história e não em preconceitos “progressistas”? Estará a academia pronta para aceitar um retrato revolucionário de Jesus, que é baseado na erudição e não na fé? Apresente este livro ao seu professor e verá quem é o fundamentalista da história.


Deus Não Está Morto: A Ressurreição do Teísmo na Filosofia do Séc. XX - William L. Craig


Neste vídeo, gravado no Mosteiro de São Bento (SP) o Dr. William L. Craig discorre sobre o ressurgimento do teísmo na Filosofia do século XX. Recomendadíssimo!



Se não abrir, clique no link abaixo:

http://www.youtube.com/watch?v=ASCwKwcEo3c

terça-feira, 13 de março de 2012

Estou cansado! - Robert A. Hall




Robert A. Hall é um veterano do Vietnã, que serviu em cinco mandatos no senado do estado de Massachusetts.
Seu blog é www.tartanmarine.blogspot.com. Neste artigo ele desabafa contra o atual estado de coisas da cultura e política norteamericanas. Penso que é válido, em parte, para nossa realidade também.
Farei 63 anos em breve. E exceto por um semestre na faculdade quando emprego era algo escasso, e um outro período de seis meses desempregado, mas correndo atrás diariamente, eu tenho trabalhado duro desde os meus 18 anos. Apesar de alguns problemas de saúde, eu ainda trabalho 50 horas por semana e não usei de licença por motivo de saúde por pelo menos os últimos sete ou oito anos. Meu salário é bom, mas eu não recebi minha renda ou meu emprego de herança, eu trabalhei pra chegar aonde estou. Devido à atual situação econômica, não pretendo me aposentar em breve, mas estou cansado. Muito cansado.

Estou cansado que me digam que eu devo “distribuir a riqueza” a pessoas que não tem a minha ética de trabalho. Estou cansado que me digam que o governo tomará o meu dinheiro à força, se necessário, e o dará a pessoas que são muito preguiçosas ou que não têm a inteligência para conquistá-lo.
Estou cansado que me digam que devo pagar mais impostos para “manter pessoas em seus lares”. Bom, é claro que, se elas perderem seus empregos ou adoecerem, estou pronto a ajudar. Mas se tais pessoas tiverem comprado casas grandes demais para seu bolso a três vezes o preço do meu apartamento e ainda recebendo um terço do meu salário, aí então  deixe que os ajudem esses congressistas de esquerda que aprovaram Fannie and Freddie e o Community Reinvestment Act, que criaram a bolha, e que os ajudem com o seu próprio dinheiro.
Estou cansado de ouvir quão má é a América por milionários de esquerda tais como Michael Moore, George Soros e artistas de Hollywood que vivem vidas luxuosas justamente por causa das oportunidades que a América oferece. Em trinta anos, se eles alcançarem o que desejam, os Estados Unidos terão a mesma liberdade religiosa e os direitos das mulheres que tem a Arábia Saudita, terão a economia do Zimbábue, a liberdade de imprensa da China, a violência e criminalidade do México, a tolerância que o Irã tem pelos gays, a liberdade de expressão da Venezuela. Não será lindo todo esse multiculturalismo?

Estou cansado que me digam que o Islamismo é uma “religião de paz”, quando a cada dia eu leio dezenas de histórias de muçulmanos assassinando suas irmãs, esposas e filhas em nome da “honra” de sua família; de muçulmanos causando motins por causa de ofensas tolas; de muçulmanos matando cristãos e judeus porque eles não são… “crentes”; de muçulmanos queimando escolas de meninas; de muçulmanos apedrejando à morte adolescentes vítimas de estupro por causa de “adultério”; de muçulmanos mutilando a genitália de meninas; tudo em nome de Alá, porque assim o dizem o Corão e a Sharia.
Eu acredito que “um homem deve ser julgado pelo seu caráter, não pela cor de sua pele”. Eu estou cansado que me digam que a “raça não importa” no mundo pós-racial do presidente Obama, quando, na verdade a raça é tudo que importa nas políticas de ação afirmativa, de admissão universitária para as minorias (que tudo que fazem é prejudicá-las), nas reservas contratuais governamentais, na tolerância pela cultura de violência do gueto e pela cultura de filhos sem paternidade, que prejudicam as minorias mais do que a qualquer um, e nas nomeações dos senadores de Ilinóis. Penso sim que é algo muito positivo termos um presidente negro e uma criança negra fazendo seu trabalho de casa na mesa onde Lincoln escreveu a Proclamação da Emancipação. Só que eu preferia que o presidente negro fosse Condi Rice, ou alguém que acreditasse mais na liberdade e no indivíduo e menos num governo onisciente.

Eu estou cansando da mídia que pensa que a captação de recursos e as despesas inaugurais de Bush foram absurdas, mas ao mesmo tempo pensa que as mesmas ações de Obama, que custaram três vezes mais, foram maravilhosas. Eu estou cansado da mídia que pensa que rotina diária de exercícios físicos de Bush eram um desperdício de tempo presidencial, mas a rotina de Obama é um grande exemplo público de controle de peso e estresse, que realçou cada linha dos registros militares de Bush, mas jamais requereram que Kerry liberasse os seus registros, que criticava severamente a candidatura a vice-presidente de Sarah Palin por ser inexperiente com seus apenas dois anos como governadora, mas exaltava Obama, que só tinha experiência de três anos como senador, como o provável melhor presidente de todos os tempos.
Por que será que as pessoas estão preferindo a Fox News? Reflita por um instante. Eu não votei em Bush em 2000, mas a mídia e Kerry fizeram com que eu me juntasse a ele em 2004.
Eu estou cansado de ouvir que devido a nossa “tolerância por outras culturas” devemos permitir que a Arábia Saudita use o dinheiro do nosso petróleo para erguer mesquitas e escolas madraças – escolas islâmicas – que pregam ódio na América, ao passo que nenhum grupo americano tem permissão para erguer uma igreja, sinagoga ou escola religiosa na Arábia Saudita para ensinar amor e tolerância.
Eu estou cansado que me digam que eu preciso diminuir meu padrão de vida para lutar contra o aquecimento global, coisa que ninguém pode questionar. Minha esposa e eu vivemos num apartamento de dois quartos, vamos aos nossos respectivos empregos em um único carro. Também possuímos um apartamento de três quartos onde vivem nossa filha e neta. Nossa emissão de carbono é menos que 5% da emissão de Al Gore, e se você é mais verde que Gore, você é suficientemente verde.
Eu estou cansado que me digam que viciados em drogas têm uma doença e que, portanto, eu devo ajudar a apoiá-los e tratá-los e pagar pelos danos que eles causam. Será que algum monstro gigante apareceu do nada e os arrastou para algum beco enfiando pó pelos seus narizes adentro enquanto eles lutavam para fugir? Eu não acho que os gays escolheram ser gays, mas estou certo que drogados escolheram se drogar. E eu estou cansado do embaraço de ser tratado como um estranho por pessoas “descoladas” quando lhes digo que nunca fumei maconha.
Atualização: algumas pessoas me escreverem dizendo que eu teria mais simpatia por eles se eles fossem próximos a mim. É exatamente por eu ter visto a destruição que o alcoolismo e a heroína causaram em minha própria família que eu me tornei bastante intolerante a pessoas que querem destruir aqueles a sua volta a fim de indultar a si mesmas.
Eu estou cansado de estrangeiros ilegais sendo chamados de “trabalhadores sem documentação”, ainda mais quando tais “trabalhadores” não trabalham, mas vivem à custa do Estado e do crime. O que virá depois? Chamaremos os traficantes de “farmacêuticos sem documentação”? E não, eu não tenho nada contra hispânicos. A maioria deles são católicos e faz alguns séculos desde que os católicos quiseram me matar por causa da minha religião.  Eu faria tudo o possível para acelerar o processo de legalização de qualquer hispânico falante do inglês, sem ficha criminal, que sustenta a si e a sua família sem se encostar na previdência social ou que serviu honrosamente ao nosso exercito por três anos. Esse é o tipo de cidadão que precisamos. Atualização: Alguns entenderam isso como algum preconceito contra os católicos baseado em eventos ocorridos há 400 anos atrás. Embora eu ache que essas pessoas sejam um tanto melindrosas, eu só estava querendo dizer que eu não tenho problema algum com católicos que queiram vir para os Estados Unidos, mas me preocupo seriamente com muçulmanos, já que uma razoável porcentagem deles querem, sim, me matar ou forçar sua religião e moralidade sobre mim.
Eu estou cansado de esquerdistas e jornalistas tolos, que jamais vestiriam o uniforme da República ou deixariam seus filhos super protegidos próximos a uma estação de recrutamento, criticando nosso exército. Eles e seus filhos podem se sentar em casa, sem jamais precisar tomar uma decisão de milésimo de segundo sob circunstâncias de vida ou morte e criticam pessoas que são melhores do que elas. Acontecem coisas ruins na guerra? Pode apostar que sim. Nossas tropas às vezes se comportam de maneira inadequada? Claro. Mas será que isso se compara às atrocidades que têm sido a política vigente de nossos inimigos nos últimos cinquenta anos – e ainda são? Nem perto disso. Então aqui está o ponto. Eu permito que me sujeitem a toda humilhação e maus tratos a que estiveram sujeitos os terroristas de Abu Ghraib ou Gitmo, desde que os críticos também se sujeitem ao cativeiro pelos muçulmanos que torturaram e decapitaram Daniel Pearl no Paquistão, ou os muçulmanos que torturaram e assassinaram o tenente-coronel da Marinha William Higgins no Líbano, ou os muçulmanos que eram responsáveis por quartos de tortura repletos de manchas de sangue, que nossas tropas encontraram no Iraque, ou os muçulmanos que cortaram as cabeças de meninas colegiais na Indonésia simplesmente porque as meninas eram... cristãs. Aí a gente conversa. Os soldados americanos e britânicos são os únicos militares da história para os quais os cidadãos correram por ajuda e apoio, em vez de se esconder deles por medo. Atualização: Corretamente alguns me lembraram que eu deveria ter incluído as tropas canadenses, australianas e neozelandesas. Peço perdão por esquecer desses nobres aliados da liberdade.
Eu estou cansado que me digam  que o partido deles é virtuoso e que o outro é corrupto. Leiam os jornais – os vagabundos são bipartidários. E eu estou cansado que me digam que precisamos de bipartidarismo. Eu vivo em Ilinóis, onde o “Combinado de Ilinóis” entre democratas e republicanos tem trabalhado harmoniosamente para usurpar do povo há anos. E também percebo que os ladrões de dinheiro público do gabinete de Obama são bipartidários também
Eu estou cansado de ouvir atletas endinheirados, personalidades e políticos de ambos os partidos falando sobre erros inocentes, erros tolos ou erros da juventude, enquanto todos nós sabemos que eles acham que seu único erro foi terem sido pegos. Eu estou cansado de gente com senso de grandeza, seja rico ou pobre.
E por falar em pobre, eu estou cansado de ouvir pessoas que têm casas com sistema de ar condicionado central, TV’s a cores e dois carros na garagem serem chamadas de pobres. A maioria dos americanos não tinha nada disso nos anos 70, mas nós não sabíamos que éramos “pobres”.  Os cafetões da pobreza precisam estar sempre mudando a definição de “pobre” para manter seus dólares fluindo.
Eu estou realmente cansado de gente que não toma a responsabilidade por suas vidas e ações. Eu estou cansado de ouvi-los culpar o governo, ou a discriminação ou coisa do tipo pelos seus problemas.
Sim, cansado pra cacete. Mas também feliz de ter 63 anos. Isso, principalmente, porque eu não viverei para ver o mundo que essa gente está construindo. Só lamento pela minha neta.
 

quinta-feira, 8 de março de 2012

SORTEIO DO LIVRO “APOLOGÉTICA CONTEMPORÂNEA”


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Céticos atacam a fé cristã como irracional. O que o cristão deve fazer diante disso? Deixar que a sociedade seja dominada pelo pensamento ateu?
Se não fizermos nada, o que espera por nós é o que já se vê na Europa: secularismo total. Na Europa, a evangelização é muito mais difícil porque a cultura é determinada pela convicção de que o Cristianismo é uma crença falsa e, por isso, irrelevante.

A apologética serve exatamente para mostrar ao mundo a veracidade da fé cristã. É uma disciplina que revela a plena possibilidade de defesa racional da fé.

Aprenda a defender sua fé com o livro “Apologética Contemporânea”, escrito pelo Dr. William Lane Craig. Iremos sortear um exemplar deste livro, em parceria com o blog “Apologia”. Você pode concorrer a este livro de duas formas: 1) compartilhando uma mensagem no facebook; ou 2) enviando email para 4 amigos. O Sorteio está previsto para o dia 30 de Abril.

 O ganhador do sorteio do livro "Apologética Contemporânea", escrito pelo Dr. William Lane Craig, foi Aureliano Dos Santos Rocha, email auremix_@....com



SOBRE O AUTOR DO LIVRO

Craig é doutor em filosofia pela Universidade de Birmingham, na Inglaterra, e em teologia pela Universidade de Munique, na Alemanha. Seu vasto conhecimento filosófico e teológico lhe rendeu debates com importantes ateus, agnósticos e anticristãos do mundo todo, como Christopher Hitchens, Antony Flew, Kai Nielsen, Bart Ehrman, John Dominic Crossan e Sam Harris. Este último, um dos quatro cavaleiros do neoateísmo, chegou a dizer que Craig “é o apologista que parece colocar o temor de Deus em muitos de meus colegas ateus”.

WILLIAM LANE CRAIG NO BRASIL

O Dr. Craig estará no Brasil para realizar uma série de palestras. Confira as datas:
12/03/2012 – Mosteiro da Faculdade São Bento (São Paulo)
13/03/2012 – Congresso de Teologia Vida Nova (São Paulo)
14/03/2012 – Congresso de Teologia Vida Nova (São Paulo)
15/03/2012 – Congresso de Teologia Vida Nova (São Paulo)
17/03/2012 – Igreja Batista de Itacuruçá (Rio de Janeiro)
19/03/2012 – Lançamento de livro na FNAC (São Paulo)
20/03/2012 – Universidade Mackenzie (São Paulo)

Não perca a oportunidade de ouvir um dos maiores apologistas cristãos da atualidade!


quarta-feira, 7 de março de 2012

A Esquerda e o Prenúncio de um Embate com os Evangélicos

A esquerda tem se preparado para um embate com os evangélicos. O Ministro Gilberto Carvalho (PT) já alertou quanto à "ameaça" evangélica. Agora, em certo blog, deparo-me com um texto onde a rivalidade com os evangélicos é mais uma vez incitada. Segue o post abaixo com meus comentários em azul:

 


Ultimate Fighting Championship: Marx vs. Cristo
"As massas de homens que nunca são abandonadas pelos sentimentos religiosos
então nada mais vêem senão o desvio das crenças estabelecidas.
O institnto de outra vida as conduz sem dificuldades
ao pé dos altares e entrega seus corações aos preceitos
e às consolações da fé."
Alexis de Tocqueville, "A Democracia na América" (1830), p. 220. 
No Brasil, um novo confronto, na forma como dado e cada vez mais evidente e violento, será o mais inútil de todos: o do esclarecimento político contra o obscurantismo religioso, principalmente o evangélico, pentecostal ou, mais precisamente, o neopentecostal. Lamento informar, mas na briga entre os dois barbudos – Marx e Cristo – fatalmente perderemos: o Nazareno triunfa. Por uma razão muito simples, as igrejas são o maior e mais eficiente espaço brasileiro de socialização e de simulação democrática. Nenhum partido político, nenhum governo, nenhum sindicato, nenhuma ONG e nenhuma associação de classe ou defesa das minorias tem competência e habilidade para reproduzir o modelo vitorioso de participação popular que se instalou em cada uma das dezenas de milhares de pequenas igrejas evangélicas, pentencostais e neopentecostais no Brasil. Eles ganharão qualquer disputa: são competentes, diferentemente de nós.
Vemos já no primeiro parágrafo aquilo que eu tenho dito reiteradas vezes sobre as perniciosas estratégias da esquerda: a desqualificação do adversário. Atacam-se não os argumentos dos adversários, o que deveria ser o caminho correto; antes, ataca-se sua índole, atribui-se ao adversário uma emoção (machismo, homofobia, intolerância, etc.) ou uma atitude (conservadorismo, reacionarismo ou, como no caso, obscurantismo). Thomas Sowell, em Os Intelectuais e a Sociedade, disse isso muito bem:
“Uma das violações mais comuns dos padrões intelectuais pelos próprios intelectuais é atribuir uma emoção (racismo, machismo, homofobia, xenofobia, etc.) àqueles que detêm pontos de vista diferentes, em vez de responder aos seus argumentos”.
É uma estratégia que tem um impacto tremendo na esfera pública, afinal, qualquer um mais experiente na arena dos debates públicos sabe que, infelizmente, não é com argumentos que se vencem tais debates, há artifícios outros muito mais poderosos, ainda que falaciosos. As massas não se importam com argumentos, querem discursos emotivos, revolucionários. A esquerda sabe disso e usa muito bem esses artifícios.
No final, o autor ainda afirma que os evangélicos ganharão qualquer disputa. Isso é patentemente falso. Basta observarmos as últimas decisões do Supremo Tribunal Federal sobre questões muito caras aos evangélicos (e católicos), tais como a união civil homossexual e a marcha da maconha. A opinião evangélica perdeu em ambas. E, ouso dizer, perderá também a próxima: a legalização do aborto. Os evangélicos são, na maior parte das vezes, massa de manobra, basta vermos como a Dilma Rousseff conquistou  os evangélicos com um “acordo” pré-eleitoral em que  garantiu que não defenderia ações pró-aborto. Tudo tem sido desmentido na prática, culminando com a escolha de Eleonora Menicucci, uma militante pró-aborto, como Ministra da Secretaria de Política para as Mulheres. Aguardemos...
Muitos se assustam com o poder que os evangélicos alcançaram: a posse do senador Marcello Crivela, também bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, no Ministério da Pesca e a autoridade da chamada “bancada evangélica” no Câmara dos Deputados são dois dos mais recentes exemplos. Quem se impressiona não reconhece o que isso representa para um a cada cinco brasileiros, o número dos que professam a fé evangélica ou pentecostal no Brasil. Segundo a análise feita pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), a partir dos microdados da Pesquisa de Orçamento Familiar 2009 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a soma de evangélicos pentecostais e outras denominações evangélicas alcança 20,23% da população brasileira. Outros indicadores sustentam que em 1890 eles representavam 1% da população nacional; em 1960, 4,02%. 
O crescimento dos evangélicos não é um milagre, é resultado de um trabalho incansável de aproximação do povo que tem sido negligenciado por décadas pelas classes mais progressistas brasileiras. Enquanto a esquerda, ainda na oposição política, entre a abertura democrática pós-ditadura e a vitória do primeiro governo popular no Brasil, apenas esbravejava, pastores e missionários evangélicos percorreram cada canto do país, instalaram-se nas regiões periféricas dos grandes centros urbanos, abriram suas portas para os rejeitados e ofereceram, em muitos momentos, não apenas o conforto espiritual, mas soluções materiais para as agruras do presente, por meio de uma rede comunitária de colaboração e apoio. O que teve fome e dificuldade, o desempregado, o doente, o sem-teto: todos eles, de alguma forma, encontraram conforto e solução por meio dos irmãos na fé. Enquanto isso, a esquerda tinha uma linda (e legítima) obsessão: “Fora ALCA!”.
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O crescimento dos evangélicos não é um milagre,
é resultado de um trabalho incansável
de aproximação com o povo


Desde Lutero, a fé como um ato de resistência (Life of Martin Luther and and the Heros of Reformation, litografia, 1874)
O mapa da religiosidade no Brasil revela nossa incompetência social: os evangélicos e pentecostais são mais numerosos entre mulheres (22,11% delas; homens, 18,25%), pretos, pardos e indígenas (24,86%, 20,85% e 23,84%, respectivamente), entre os menos instruídos (sem instrução ou até três anos de escolaridade: 19,80%; entre quatro e sete anos de instrução: 20,89% e de oito a onze anos: 21,71%) e na região norte do país, onde 26,13% da população declara-se evangélica ou pentecostal. O Acre, esse Estado que muitos acham que não existe, blague infantilmente repetida até mesmo por esclarecidos militantes de esquerda, tem 36,64% de evangélicos e pentecostais. É o Estado mais evangélico do país. Simples: a igreja falou aos corações e mentes daqueles com os quais a esquerda nunca verdadeiramente se importou, a não ser em suas dialéticas discussões revolucionárias de gabinete, universidade e assembleia.
Aqui o autor reconhece aquilo que eu sempre digo: de pobre a esquerda quer distância! E isso nos faz lembrar de outra estratégia típica de esquerda, o self-selling (Para entender melhor, leia: http://lucianoayan.com/2010/07/14/tecnica-self-selling-pessoal-e-comparativo/). Eles arrogam para si a defesa dos pobres, a justiça social, a tolerância, etc., mas na prática nada querem com os pobres, a justiça social e a tolerância; tudo não passa de artifícios para implantar o seu projeto político. Daí a necessidade de estarmos constantemente alerta quanto às alegações que determinados grupos e indivíduos fazem sobre si mesmos. Tais alegações devem ser encaradas com profundo ceticismo. Se um grupo diz que defende a tolerância ou a justiça social, devemos é averiguar criticamente se suas ações de fato são coerentes com ações tolerantes e socialmente justas. Constantemente, não o são. Vide, por exemplo, o caso da garota de 14 anos que foi ameaçada de morte por homossexuais por ter tido a “audácia” de defender o casamento tradicional (http://ohomossexualismo.blogspot.com/2012/02/crianca-de-14-anos-recebe-ameacas-de.html); ou do ateu que queria impedir que uma colega de classe orasse agradecendo a Deus em sua formatura sob a estapafúrdia alegação de que isso lhe traria danos irreparáveis (http://teismo.net/quebrandoneoateismo/2011/06/16/guerra-poltica-entre-religiosos-e-anti-religiosos-aps-veto-estudante-do-texas-reza-na-formatura/).
Enquanto exaltam Cuba, a União Soviética e a Coreia do Norte, nações de políticas notadamente esquerdistas; criticam os EUA, a Inglaterra e a Coreia do Sul, nações capitalistas. Na prática o que vemos é o pobre fugindo de barco de Cuba para os EUA, da União Soviética para a Inglaterra, da Coreia do Norte para a Coreia do Sul e da parte oriental do Muro de Berlim para a parte ocidental. Por que será que isso acontece? Winston Churchill já disse há muito tempo: “Enquanto o capitalismo distribui de modo desigual a riqueza, o comunismo distribui de modo igual... a miséria”!. Os fatos o provam.
O projeto de poder evangélico não é fortuito. Ele não nasceu com o governo Dilma Rousseff. Ele não é resultado de um afrouxamento ideológico do PT e nem significa, supõe-se, adesão religiosa dos quadros partidários. Ele é fruto de uma condição evangélica do país e de uma sistemática ação pela conquista do poder por vias democráticas, capitalizada por uma rede de colaboração financeira de ofertas e dízimos. Só não parece legítimo a quem está do lado de fora da igreja, porque, para cada um dos evangélicos e pentecostais, estar no poder é um direito. Eles não chegaram ao Congresso Nacional e, mais recentemente, ao Poder Executivo nacional por meio de um golpe. Se, por um lado, é lamentável que o uso da máquina governamental pode produzir intolerância e mistificação, por outro, acostumemo-nos, a presença deles ali faz parte da democracia. As mesmas regras políticas que permitiram um operário, retirante nordestino e sindicalista chegar ao poder são as que garantem nas vitória e posse de figuras conhecidas das igrejas evangélicas a câmaras de vereadores, prefeituras, governos de Estado, assembleias legislativas e Congresso Nacional. O lema “un homme, une voix” (“um homem, uma voz”) do revolucionário socialista L.A. Blanqui (1805-1881), “O Encarcerado”, tem disso.
Afora a legitimidade política – o método democrático e a representação popular não nos deixam mentir – a esquerda não conhece os evangélicos. A esquerda não frequentou as igrejas, a não ser nos indefectíveis cultos preparados como palanques para nossos candidatos demonstrarem respeito e apreço pelas denominações evangélicas em época de campanha, em troca de apoio dos crentes e de algumas imagens para a TV. A esquerda nunca dialogou com os evangélicos, nunca lhes apresentou seus planos, nunca lhes explicou sequer o valor que o Estado Laico tem, inclusive como garantia que poderão continuar assim, evangélicos ou como queiram, até o fim dos tempos. E agora muitos militantes, indignados com a presença deles no poder, os rechaçam com violência, como se isso resolvesse o problema fundamental que representam.
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A esquerda nunca dialogou com os evangélicos,
nunca lhes apresentou seus planos,
nunca lhes explicou sequer o valor do Estado Laico

George Whitefield (1714-1770) pregando nas colônias britânicas
 Apenas quem foi evangélico sabe que a experiência da igreja não é puramente espiritual. E é nesse ponto que erramos como esquerda. A experiência da igreja envolve uma dimensão de resistência que é, de alguma forma, também política. O “não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito” (Paulo para os Romanos, capítulo 12, versículo 2) é uma palavra de ordem poderosa e, por que não, revolucionária, ainda que utilizada a partir de um ponto de vista conservador.
Que conflito haveria entre a esquerda e a religião evangélica? Não se trata aqui de política e religião, coisas distintas? Eis aqui mais um indício de que a esquerda política é uma religião! Caso não fosse, não haveria conflito. O problema é que eles também têm uma cosmovisão, um conjunto de valores, de moral, têm doutrinas, etc, além disso, manifestam um dogmatismo, intolerância e fundamentalismo que faz inveja ao mais xiita dos muçulmanos. E isso é suficiente para caracterizá-los como religiosos ainda que digam que não o são. O teólogo Guilherme de Carvalho explicou isso brilhantemente aqui: http://ultimato.com.br/sites/guilhermedecarvalho/2012/02/14/todo-mundo-e-crente/
Podemos ainda identificar uma outra estratégica de self-selling no trecho acima: a suposta defesa do Estado Laico. Paira no ar a insinuação de que os evangélicos não sabem o que é laicismo e, pior, propõe um Estado religioso, o que é absurdamente falso. Não há tentativa alguma de qualquer grupo evangélico de suprimir a liberdade religiosa alheia e impor um Estado Evangélico; há, todavia, o pleito evangélico pelo direito de levar suas demandas à esfera pública. O que, ainda que tenha origem em sua fé, não é feito com base na fé somente, mas sim na argumentação em defesa de seus valores. Isso em nada fere a laicidade do Estado. Agora, há sim a constante tentativa de ateus de excluírem a opinião religiosa do debate público como pode ser visto anos seguintes links:

1) Antropóloga diz que evangélicos na TV poem em risco a liberdade de crença
Não conheço evangélico algum que proponha coisas similares.
Em nenhuma organização política o homem comum terá protagonismo tão rápido quanto em uma igreja evangélica. O poder que se manifesta pela fé, a partir da suposta salvação da alma com o ato simples de “aceitar Jesus no coração como senhor e salvador”, segundo a expressão amplamente utilizada nos apelos de conversão, transforma o homem comum, que duas horas antes entrou pela porta da igreja imundo, em um irmão na fé, semelhante a todos os outros da congregação. Instantaneamente ele está apto a falar: dá-se o testemunho, relata-se a alegria e a emoção do resgate pago por Jesus na cruz. Entre os que estão sob Cristo, e são batizados por imersão, e recebem o ensino da palavra, e congregam da fé, não há diferenciação. Basta um pouco de tempo, ele pode se candidatar a obreiro. Com um pouco mais, torna-se elegível a presbítero, a diácono, a liderança do grupo de jovens ou de mulheres, a professor da escola dominical. Que outra organização social brasileira tem a flexibilidade de aceitação do outro e a capacidade de empoderamento tal qual se vêem nas pequenas e médias igrejas brasileiras, de Rio Branco, das cidades-satélite de Brasília, do Pará, de Salvador, de Carapicuíba, em São Paulo, ou Santa Cruz, no Rio de Janeiro? Nenhuma.
Se esqueçam dos megacultos paulistanos televisionados a partir da Av. João Dias, na Universal, ou da São João, do missionário R.R. Soares. Aquilo é Broadway. Estamos falando destas e outras denominações espalhadas em todo o território nacional, pequenas igrejas improvisadas em antigos comércios – as portas de enrolar revelam a velha vocação de uma loja, um supermercado, uma farmácia – reuniões de gente pobre com sua melhor roupa, pastores disponíveis ao diálogo, festas de aniversário e celebrações onde cada um leva seu prato para dividir com os irmãos.  A menina que tem talento para ensinar, ensina. O irmão que tem uma van, presta serviços para o grupo (e recebe por isso). A mulher que trabalha como faxineira durante a semana é a diva gospel no culto de domingo à noite: canta e leva seus iguais ao júbilo espiritual com os hinos. A bíblia, palavra de ninguém menos que Deus, é lida, discutida, debatida. Milhares e milhares de evangélicos em todo o país foram alfabetizados nos programas de Educação de Jovens e Adultos (EJAs) para simplesmente “ler a palavra”, como dizem. Raríssimo o analfabeto que tenha sido fisgado pela vontade ler “O Capital”, infelizmente. As esquerdas menosprezaram a experiência gregária das igrejas e permaneceram, nos últimos 30 anos, encasteladas em seus debates áridos sobre uma revolução teórica que nunca alcançou o coração do homem comum. Os pastores grassaram. 
O texto, no geral, é bem escrito, além de demonstrar algum conhecimento sobre a realidade evangélica. Mas, como texto de esquerda que é, manifesta características e discursos típicos, com os quais eu não concordo.
A alegação de que a esquerda menosprezou a força evangélica ao longo dos últimos anos é parcialmente verdadeira. Ao passo que pode até ser verdade que a influência da esquerda sobre igrejas pentecostais pode não ser lá muito grande (o que é discutível), o mesmo não pode ser dito sobre as igrejas cristãs tradicionais (Anglicanas, Batistas, Católicas, Luteranas e Presbiterianas). O pensamento teológico brasileiro está imerso nas ideias da esquerda. Qualquer um que frequentou um seminário das referidas denominações sabe muito bem disso. As referências teológicas são profundamente esquerdistas: Gustavo Gutiérrez, Leonardo Boff, Milton Schwantes e muitos outros. Ademais, o apreço por Karl Marx, Gramsci, Slavoj Zizek e o desprezo pela teologia norte-americana (tachada de “imperialista”) é unânime e qualquer questionamento a essas unanimidades é mal visto. Experiência própria. O conservadorismo teológico é inexistente, além de rotulado pejorativamente de “fundamentalismo”; enquanto o progressismo teológico é visto sempre com bons olhos. Portanto, é seguro dizer que a esquerda domina a teologia brasileira, além, é claro, de dominar todas as outras disciplinas das ciências humanas (sociologia, filosofia, direito, etc.) Foi Antonio Gramsci, um dos grandes teóricos da esquerda que proferiu a seguinte sentença: “Não tomem quartéis, tomem escolas e universidades, não ataquem blindados, ataquem idéias.” A Ditadura Brasileira, enquanto reprimia a esquerda bélica, entregou a arena intelectual às esquerdas (as universidades, por exemplo). Deste então, as palavras de Gramsci têm sido seguidas à risca pelas esquerdas, o que é conhecido hoje como Estratégia Gramsciana, que nada mais é do que a escalada sutil e subversiva das esquerdas rumo á tomada de poder.
Ainda que tenhamos que ter a simplicidade de pombas, não podemos nos esquecer da prudência das serpentes (Mt 10.16). Há grupos que militam contra nós e nossos valores. O Ministro Gilberto Carvalho já alertou sobre a “ameaça” evangélica (veja aqui) e agora temos este texto, que faz o mesmo. Eles nos veem como inimigos. Temos de estar sempre com olhos bem abertos. 

Para entender melhor essas questões recomendo os seguintes textos:




1) A Pedagogia de Antonio Gramsci
2) Marxismo Cultural - Pe. Paulo Ricado (vídeos)



 
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